domingo, 18 de dezembro de 2016

O papel da Terapia Ocupacional na demência senil


A Terapia Ocupacional foca a sua intervenção na capacitação da pessoa para o desempenho e envolvimento em ocupações  que a própria considere como significativas, sendo que estas  poderão estar relacionadas com os autocuidados, com lazer ou com produtividade.
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Na sua intervenção, o Terapeuta Ocupacional tem em consideração três dimensões, sendo elas a pessoa, a ocupação e o ambiente, podendo intervir em cada uma delas.
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A abordagem da Terapia Ocupacional, na demência senil,  assume um papel essencial, quer na intervenção direta com a pessoa necessitada, quer com os cuidadores.
O Terapeuta Ocupacional é um profissional qualificado para intervir: ao nível das Atividades da Vida Diária, realizando por exemplo, treino de alimentação ou treino de higiene; na manutenção e promoção da participação em ocupações que vão ao encontro dos desejos e necessidades da pessoa; na participação em  atividades terapêuticas estimulantes  em termos cognitivos, motores, emocionais e sensoriais; na  graduação das ocupações, para  permitir à pessoa um maior sucesso no seu desempenho; na adaptação do ambiente físico à pessoa com demência senil, permitindo assim a diminuição do risco de quedas e uma maior segurança; e no apoio e aconselhamento dos cuidadores.
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Nas fases iniciais, o papel do Terapeuta Ocupacional está principalmente relacionado com a informação prestada ao usuário e ao cuidador; com a adaptação do ambiente, para  garantir a segurança e a manutenção das Atividades Instrumentais da Vida Diária (como por exemplo, a utilização do telefone ou a gestão da correspondência).
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À medida que a doença progride, o papel do Terapeuta Ocupacional passa a estar cada vez mais relacionado com a garantia do bem-estar e qualidade de vida do usuário e dos cuidadores.
Desta forma, existe uma maior incidência na intervenção a nível sensorial, com repetição de atividades prazerosas que aumentem o sentido de familiaridade do paciente e no treino de técnicas que facilitem o cuidado.
Fonte: http://neuroser.pt/2016/10/28/papel-da-terapia-ocupacional-na-demencia/ (adaptado)


domingo, 11 de dezembro de 2016

3 coisas sobre a fala das crianças


Quais são os problemas de fala mais comuns e quando aparecem?
O primeiro que pode surgir é o atraso no início da fala, que é percebido quando a criança articula pouco ou quase nada aos 2 anos, idade em que deveria conseguir se comunicar com frases simples, como “me dá.” Se isso não acontece, é preciso marcar uma consulta com o fonoaudiólogo. Aos 3, acontecem as trocas de fonemas, mas isso não é necessariamente um problema. Vai depender da substituição que ele faz e da etapa em que isso acontece. Por exemplo, nessa idade é comum a criança “comer” o R (em vez de falar preto, dizer “peto”), e nem por isso é preciso procurar um especialista. De 2 a 4 anos, seu filho pode começar a repetir as palavras ou as sílabas, caso conhecido, na linguagem médica, de disfluência fisiológica. Diferentemente da gagueira (um distúrbio neurobiológico, que tem início por volta dos 5 anos e que exige tratamento especializado), essa disfluência dura cerca de seis a dez semanas e acontece porque os pensamentos da criança são mais rápidos do que a capacidade de falar, causando a repetição. E você pode ajudar. Ouça seu filho com calma e paciência, sem chamar a atenção para esse comportamento ou pedir para ele falar mais devagar – isso só vai fazê-lo se sentir inadequado. Lembre-se de que até os 5, a criança deve falar todos os sons corretamente – essa regra não vale para prematuros que, em geral, têm mais chances de sofrer atrasos no desenvolvimento. Se perceber algo diferente, procure um especialista.
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Que outros fatores podem prejudicar o desenvolvimento da fala?
Problemas auditivos, neurológicos ou respiratórios, e até fatores ambientais, como falta de estímulo. Desses, os de audição são os mais comuns. “A criança que ouve pouco, balbucia pouco. Ou seja, vai ter dificuldade para aprender a falar”, diz Ignês Maia Ribeiro, diretora educacional do Instituto Brasileiro de Fluência (SP). Por isso é importante que o recém-nascido faça o teste de triagem auditiva (teste da orelhinha), gratuito e obrigatório desde 2010. Ele é realizado ainda na maternidade e avalia se o bebê tem alguma dificuldade para ouvir. Já as crianças com deficiência neurológica (inclusive as portadoras de síndromes, como a de Down) precisam de atenção especial: a maioria vai ter atraso no desenvolvimento da linguagem. Outro fator importante é a respiração. As que possuem problemas crônicos, como rinite alérgica, têm mais chances de apresentar alterações na fala pois respiram pela boca. “Isso afeta todo o processo de postura da língua e posicionamento dos dentes, o que colabora para as alterações aparecerem”, afirma Cássia Telles, fonoaudióloga do Hospital Pequeno Príncipe (PR).

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Uma vez que a dificuldade foi constatada, devo ir logo ao especialista?
Sim. É importante que o fonoaudiólogo faça uma avaliação rapidamente. Mas diagnosticar o problema, em alguns casos, não significa que o tratamento vai ser iniciado naquele momento. “Quando a criança vai para a escola, é exposta ao ambiente social e percebe que sua fala está errada. Muitas vezes, essa é a hora mais adequada de interferir, pois ela fica consciente do problema e disposta a mudar o quanto antes”, diz Cássia. Ainda assim, vale dizer que somente um especialista saberá a hora certa de começar o tratamento.



Fonte:http://revistacrescer.globo.com/Encontros-CRESCER-com-Dra-Ana/2014/noticia/2014/05/3-coisas-sobre-fala-das-criancas.html

domingo, 4 de dezembro de 2016

Seis respostas: como falar de morte com as crianças

Diante da tragédia com o time da Chapecoense e jornalistas, veio à tona a seguinte questão: Como falar de morte com as crianças?

A morte é um assunto difícil de entender até para os adultos. Para os pequenos é ainda mais confuso. Por isso, eles precisam de todo o apoio e sinceridade nos momentos em que devem encarar a perda de uma pessoa próxima. Especialistas explicam o que fazer ou não nessas horas.
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1. A partir de que idade se deve falar de morte com as crianças? 

Não existe idade certa para tocar no assunto. O ideal é que se espere a necessidade, seja pelo falecimento de alguém conhecido ou a curiosidade do pequeno. “Aos 4 ou 5 anos as crianças começam a entender as relações da vida e a ter acesso maior às informações”, explica o coordenador do curso de Tanatologia (Educação para a Morte) da Disciplina de Emergências Clínicas da FMUSP, Franklin Santana Santos. O que se deve fazer é ir educando seu filho através de exemplos práticos do ciclo da natureza. Semeie uma plantinha e vá mostrando como ela nasce, cresce, adoece e morre. Aquele feijãozinho plantado no algodão pode ser um ótimo aliado. Cantigas, livros infantis e filmes que tratam do assunto também ajudam.
São três pontos que as crianças precisam ir compreendendo com a sua ajuda: a universalidade – tudo que é vivo um dia vai morrer –, a irreversabilidade – quando morre, não há volta – e a não funcionabilidade – depois de morto, o ser não corre, não dorme, não pensa, não age. “As crianças personificam a morte. Imaginam que ela seja uma figura da qual podem escapar ou enganar. É preciso explicar que não é assim”, diz Franklin.
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2. Crianças podem ir a velórios ou enterros? 

Não se pode forçar, mas elas se beneficiam de participar junto aos adultos deste ritual de passagem. “Explique direitinho o que é um velório e um enterro e pergunte se ela quer ir. Mas nunca decida pela criança a deixá-la de fora”, indica Silvana Rabello, professora do curso de psicologia da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo). Os rituais servem para que todos vivenciem melhor a despedida, inclusive os pequenos. E não se preocupe: os especialistas concordam que velórios e enterros não traumatizam as crianças.

3. Como contar para elas que alguém que conhecem morreu? 

Não esconda nada, muito menos invente histórias para poupar os pequenos. Frases como “ele dormiu para sempre”, “descansou” ou “fez uma longa viagem” só vão confundir a cabeça infantil. Crianças levam tudo ao pé da letra e podem achar que a vovó vai acordar ou que todo mundo que viaja nunca volta.
É muito comum também usar a famosa “o vovô virou uma estrelinha”, que pode levar a criança a acreditar nisso literalmente e ficar elaborando maneiras de chegar até ele. “As crianças de até cerca de 10 anos não abstraem. O seu psiquismo em construção não consegue captar os conceitos subjetivos. Elas pensam de forma concreta e constroem os conceitos a partir do concreto”, enfatiza Deusa Samú, psicóloga clínica especialista em luto.

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4. E se a pessoa for muito próxima? 

Se a morte for por doença, a criança deve estar a par de todo o processo. Explique que a pessoa está doente e que é grave, lembre do ciclo da vida da plantinha. “Não fale de sopetão. Mas, quando acontecer, use sempre a palavra ‘morte’. Isso é bastante importante para que ela entenda”, ensina Franklin. Se a morte for inesperada, é preciso ser direta e sincera. Abra espaço para tirar todas as dúvidas que podem estar passando pela cabeça do pequeno. Não é necessário esconder as emoções, mas observe se sua atitude não está traumatizando as crianças.
A morte de um animal de estimação também deve ser administrada com cuidado pelos pais.

5. Quando ela pergunta o que significa morrer, como explicar? 

“Primeiro, elabore seus próprios conceitos sobre a morte e sobre a possível continuidade da vida, porque só poderemos responder às crianças respeitando nossa própria verdade”, aconselha Deusa.
Depois, explique que nem todos pensam como papai e mamãe. Dê as versões de outras religiões, inclusive do ateísmo. Mais uma vez vem o conselho de todos os especialistas: “seja honesta”. Nem sempre você terá todas as respostas. Que tal dizer “não sei” e se propor a buscar as explicações junto com seu filho?

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6. Qual a melhor forma de ajudar a criança durante o luto?

Demonstre que, como ela, você também está sofrendo e sente saudades. Deixe que a criança fale sobre seus sentimentos e, acima de tudo, dê apoio e acolhimento. Garanta que ela nunca estará sozinha e sempre haverá alguém para cuidar dela. Isso porque o ente que se foi pode ser um dos pais ou o pequeno pode começar a pensar na mortalidade deles. “Não exclua as crianças das conversas, da tristeza. Ouça o que elas têm pra falar ou peça para que desenhem o que estão sentindo”, indica Silvana. É natural que os pequenos apresentem mudanças de comportamento depois que recebem a notícia da morte de alguém com quem convivem. Além do choro e da raiva, alguns começam a ir mal na escola, ficam hiperativos ou fazem xixi na cama. Considere a ajuda de um psicólogo e até da escola. É importante que a criança sinta que tem o apoio e a atenção dos colegas e dos professores.
Como acontece com os adultos, a memória afetiva nunca vai desaparecer. Mas, depois de certo tempo, acontece o chamado luto saudável, quando se percebe que é possível se lembrar do ente querido de forma leve e sem sofrimento. 

A Equipe #Ctim é solidária aos familiares das vítimas desta tragédia! A todos, nosso carinho e orações!
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  Fonte: http://delas.ig.com.br/filhos/seis-respostas-como-falar-de-morte-com-as-criancas/n1237794785122.html (adaptado)