domingo, 24 de abril de 2016

Distúrbio de Voz Relacionado ao Trabalho


Distúrbio de Voz Relacionado ao Trabalho é qualquer dificuldade na emissão da voz que impeça ou dificulte a produção natural da voz e comprometa a atuação profissional.

Estima-se que os distúrbios de voz atinjam uma considerável parcela da população brasileira economicamente ativa. Entre os trabalhadores que utilizam a voz como instrumento de trabalho, conhecidos também como profissionais da voz, estão: os professores, teleoperadores, cantores, atores, radialistas, jornalistas, religiosos, políticos, secretárias, advogados, profissionais da saúde, vendedores, ambulantes, agentes comunitários de saúde e outros.


Sinais e sintomas



- cansaço ao falar

- rouquidão

- secura na garganta

- esforço ao falar

- falhas na voz

- perda de voz

- pigarro

- ardor na garganta/dor ao falar

- voz mais grossa

- falta de volume e projeção vocal

- pouca resistência ao falar

- dor ou tensão cervical

Inicialmente os sintomas são pouco frequentes, predominando ao final da jornada de trabalho e havendo redução após repouso noturno ou nos finais de semana. Aos poucos, vão se tornando constantes independentemente do uso prolongado da voz, não havendo melhora mesmo com repouso vocal. Em alguns casos, dependendo da intensidade dos sintomas e do impacto destes no trabalho, há a necessidade de afastamento da atividade profissional.



Riscos para a Saúde Vocal presente nos Processos 
e Ambientes de Trabalho

O desenvolvimento do distúrbio vocal relacionado ao trabalho é multicausal e está associado a diversos fatores, que podem desencadear ou agravar o quadro de alteração vocal do trabalhador, de forma direta ou indireta, podendo haver interação destes nos ambientes de trabalho.

Eles podem estar relacionados à própria organização do trabalho como: jornada prolongada, sobrecarga por acúmulo de atividades ou funções, excessivo uso da voz, com ausência de pausas para descanso, durante a jornada, trabalho sob forte pressão, insatisfação com o trabalho ou com a remuneração, postura inadequada, dificuldade de acesso a hidratação e sanitários.

Fatores relacionados ao ambiente também devem ser considerados, tais como ruído de fundo, que favorece a competição sonora durante a fala, ventilação inadequada, exposição a produtos químicos irritativos de vias aéreas superiores (solventes, vapores metálicos, gases asfixiantes) e presença de poeira ou fumaça no local de trabalho.

Importante lembrar que algumas características individuais e hábitos de vida podem funcionar como fatores agravantes e/ou desencadeantes, entre eles a idade, alergias respiratórias, doenças de vias aéreas superiores, influências hormonais, medicações, consumo demasiado de bebidas alcoólicas, fumo, pouca ingesta de água, estresse, doenças gástricas e outros.




Diagnóstico, Tratamento e Prevenção do Distúrbio Vocal 
Relacionado ao Trabalho

O diagnóstico do distúrbio vocal deve considerar a história profissional, a avaliação otorrinolaringológica e fonoaudiológica especializadas, o levantamento das condições e fatores de risco presentes nos ambientes e processos de trabalho e o levantamento de comportamentos e hábitos relevantes.

A atuação integrada entre o médico otorrinolaringologista e o fonoaudiólogo permite que haja precisão diagnóstica e eficácia terapêutica, devendo ocorrer, preferencialmente em curto prazo, na garantia de um prognóstico melhor.

Cabe aos profissionais de saúde identificar os riscos à saúde vocal, para que ações de promoção e prevenção sejam planejadas assegurando, assim, a atenção integral ao trabalhador. 

Fonte: http://www.saude.rj.gov.br/vigilancia-em-saude/1015-vigilancia-ambiental-em-saude-e-saude-do-trabalhador/saude-do-trabalhador/agravos-em-saude-do-trabalhador/23241-disturbio-de-voz-relacionada-ao-trabalho.html (adaptado)


domingo, 17 de abril de 2016

Dia de piquenique



No  domingo 10/4, realizamos um delicioso piquenique com a participação da equipe Ctim, pacientes e familiares.

Tudo aconteceu da melhor maneira: dia lindo, lugar agradável, famílias integradas e participativas, pacientes felizes e, claro, lanche gostoso.

Hoje nosso blog registra alguns momentos desse maravilhoso encontro.

Parabéns aos participantes, pelo comprometimento e parceria!


























domingo, 10 de abril de 2016

Porque brincar faz bem...

O principal objetivo destas brincadeiras é estimular a interação social e ajudar pais, cuidadores e professores a promoverem as habilidades sociais em crianças com Transtornos do Espectro Autista. Se a criança estiver se divertindo, vai querer continuar brincando. Quanto mais brincar, mais oportunidades terá de aprender.


Achou: “Achou” é uma das primeiras brincadeiras que as crianças aprendem. Ponha uma coberta sobre seu filho. Tire então a coberta para “descobri-lo” e diga “Achou!” Planeje quais participações seu filho pode ter para manter a brincadeira andando e quando pode participar enquanto a coberta está sobre ele ou depois que você o descobriu. Os tipos e número de participações dependem do estágio de comunicação da criança.

Esconde-esconde : “Esconde-esconde” seu filho pode se esconder em lugares apertados ou ser coberto por travesseiros e cobertas. Mas o Esconde-esconde oferece a ele maior variedade de participações.


Cavalinho:  Na Brincadeira de Cavalinho, seu filho sobe nos seus ombros ou, se ele gosta da sensação de pressão profunda, pode deitar  de barriga para baixo sobre suas costas para uma “cavalgada”. Quando você parar, a participação dele será pedir que recomece. Subsequentemente, seu filho poderá lhe dizer quando parar e quando andar.

Aviãozinho:  Nas brincadeiras de Aviãozinho, você joga seu filho para cima, levanta-o em pé sobre seus joelhos, leva-o em um passeio sobre suas pernas e então o coloca de volta no chão. Como pode perceber, há muitas variações de Aviãozinho. Se o seu filho gosta de movimento, vai gostar pelo menos de uma dessas brincadeiras.

Um, dois, três e já! Brinque da mesma maneira que você brinca de Aviãozinho, só que em vez de jogar seu filho para cima, balance-o segurando seus braços e diga “Um, dois, três e (pausa)” balança! (ou “vai!”, ou “oba!”). Se você ainda não estiver dizendo “Um, dois, três” em outras brincadeiras, tente outra frase repetitiva, como “Atenção, preparar - balança”!,

Pega-pega : Brincadeiras com correria são as favoritas de crianças que estão sempre em movimento. Pega-pega é uma brincadeira na qual você corre atrás do seu filho para pegá-lo ou que ele corre atrás de você! Depois que seu filho aprender a brincadeira com você, será mais fácil incluir outras crianças e brincar no parque ou na escola.



Cabo de Guerra: (Um, dois, três -Puxa!) Se o seu filho gosta de segurar-se às coisas, uma brincadeira de cabo de guerra não satisfaz somente esta necessidade, mas também o ajuda a interagir e se comunicar. Para brincar, cada um segura em uma ponta de uma toalha ou lençol, dependendo do que ele preferir. Diga: “Um, dois, três ... puxa!” e então puxe o tecido de maneira gentil mas firme.



Um, dois, três – Pula! Brinca-se de Um, dois, três – Pula! da mesma maneira que “Aviãozinho”. Mas em vez de levantar seu filho sobre sua cabeça, segure suas mãos e pulem juntos dizendo: “Um, dois, três, pula!” Se ele gosta de pular, pode providenciar uma mini cama elástica, encontrada em lojas de material esportivo. Se ele usar a cama elástica, não esqueça de interromper os pulos para que tenha a oportunidade de pedir mais.

Brincadeira com bola grande: Uma bola grande o suficiente para que seu filho possa sentar-se sobre ela é ideal para esta brincadeira. Seu filho pode sentar-se sobre ela, deitar-se de barriga para baixo, ajoelhar-se enquanto você o segura. Bata suavemente a bola e diga “Atenção, preparar – já!” ou “Um, dois, três – pula” ou “Pula, pula, em cima da – bola!”. Crie oportunidades para que seu filho participe, de acordo com seu estágio de comunicação.

Montanha de travesseiros: Esta brincadeira oferece uma série de estímulos: correr, pular e sentir pressão sobre o corpo. Junto com seu filho, monte uma montanha de travesseiros ou almofadas, colocando-os uns sobre os outros. Enquanto vai construindo a montanha, conte cada travesseiro ou almofada, levantando os dedos para indicar os números. Diga, então: “Vamos pular!” e ajude seu filho a pular para cima das almofadas e travesseiros.


Referências: Livro mais do que palavras – Fern Sussman

Fonte: http://fono-audiologia.blogspot.com.br/


sábado, 2 de abril de 2016

Dia Mundial da Conscientização do Autismo


No dia 2 de abril foi comemorado o Dia Mundial da Conscientização do Autismo. A data serve para ajudar a conscientizar a população mundial sobre o Autismo, um transtorno no desenvolvimento do cérebro que afeta cerca de 70 milhões de pessoas em todo o mundo.


O autismo geralmente aparece nos três primeiros anos de vida e compromete as habilidades de comunicação e interação social.




Características do desenvolvimento sensorial 

da criança autista.


De 1 a 3 anos

-    Existe perda de habilidades previamente adquiridas.

- As respostas sensoriais são inconsistentes, podem responder aversivamente à estimulação tátil, visual, auditiva e, em outras vezes, podem buscar estes estímulos.

- Apresentam ações motoras repetitivas e uso incomum de brinquedos.


-  A relação de descoberta do próprio corpo é precária e as atividades de auto cuidado são falhas.


- Na área da linguagem podem não falar, parar de falar, ter ecolalia, ter boa memória de rotina.




Após os 3 anos
- Continuam sensíveis aos estímulos sensoriais e a mudança de ambiente ou rotina diária.

- Podem desenvolver fala, embora com entonação anormal.

- Algumas crianças podem apresentar tônus diminuído e controle postural inadequado.




Orientação aos pais: alimentação


Introdução de comidas novas





- Apresentação táctil (capacidade de tocá-la).


- Apresentação visual (tolerar ver a comida

no prato sem tirá-la, sem empurrá-la).


- Cheiro (fazer descrição)


- Fale sobre a comida, sua qualidade e sabor.


- Lamber, provar um pedacinho.


- Dar pedaços cada vez maiores na medida 

que tem mais tolerância.


- Mesclar sabores / texturas novas 







Fonte: https://www.facebook.com/SindromedeAspergerAUTISMO/?fref=ts
Integração Sensorial e Autismo – Por: Lígia Maria Godoy Carvalho (TO), Sandra Prestes Lazzari Smaira (Fonoaudióloga)