domingo, 24 de maio de 2015

Como identificar alunos com atraso na fala

Resultado de imagem para atraso na falaÉ importante que os educadores observem a fala da criança nas diferentes situações do dia a dia escolar. Na dúvida, converse com os pais e peça uma avaliação fonoaudiológica!

Durante a aquisição da linguagem a criança passa pelo que chamamos de processos fonológicos, em geral caracterizados pela simplificação da fala do adulto como as trocas de sons e as omissões. 


Estes processos vão sendo superados à medida que a criança  adquire maior domínio linguístico, mas quando são incompatíveis com a sua idade e dependendo do tipo de "troca" que ela realiza é necessário uma avaliação fonoaudiológica para identificar as causas desse desvio.


Normalmente aos 2,0 anos a criança já é capaz de produzir corretamente palavras com fonemas mais simples como: /p/, /b/, /t/, /d/, /k/, /g/, /m/, /n/, /v/ e /f/. Por exemplo: Pato, Vaca, Gato


Dos 2,0 aos 3,0 anos espera-se que a criança adquira os  fonemas mais complexos como /s/, /z/, /ch/, /j/, /l/ e por volta dos 3,6 anos o R de Rato e Rua começa a ser produzido. 


Fonemas mais complexos como /lh/, /r/ (de barata), começam a ser adquiridos a partir dos 4 anos e os encontros consonantais podem ser adquiridos até por volta dos 6 anos e meio.


Se pensarmos então em uma criança de 4 anos que substitui os fonemas /k/ e /g/ por /t/ e /d/ (Por exemplo, diz: “tachorro e tavalo” ao invés de “cachorro e cavalo") é importante encaminhar para uma avaliação fonoaudiológica o mais cedo possível, uma vez que  por volta dos dois anos já se espera que produza os fonemas /k/ e /g/ corretamente.


É muito comum que os pais sejam orientados a aguardar até os 5 anos para que a fala se desenvolva, entretanto esse tempo de espera pode agravar as dificuldades sociais e de aprendizagem da criança e quanto maior a espera mais longo se torna o processo de intervenção.


Outra questão importante são as trocas de fonemas sonoros (que fazem vibrar as pregas vocais) por surdos (que não fazem vibrar as pregas vocais), como por exemplo, dizer:

         / Faca/ ao invés de/ Vaca/;
         /Tanone/ ao invés de /Danone/;
         /Pola/ ao invés de /Bola/;


Por isso é importante que os educadores observem a fala da criança nas diferentes situações do dia a dia escolar. Na dúvida, converse com os pais e peça uma avaliação fonoaudiológica!

Lembre–se: aos 3 anos a criança já deve apresentar uma fala bastante compreensível apesar de ainda existirem processos a serem superados.


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Fonte: Fonoaudiologia em Foco

sábado, 16 de maio de 2015

Saúde vocal

Resultado de imagem para Saúde vocalA campanha  Amigos da Voz não deve só ser realizada em abril, mês dos cuidados com a voz. Por isso aqui vão algumas dicas de saúde vocal!


• Para começar bem o dia alongue-se, espreguice, boceje, isso fará bem ao seu corpo e à sua voz;

• Durante o banho, deixe cair bastante água quente na região posterior do pescoço, respire lentamente e procure relaxar;

• Massageie a região posterior do pescoço e dos ombros sempre que puder – ao acordar, no banho, antes de deitar;

• Procure uma postura confortável, mantendo o tronco ereto e evitando posturas de cabeça inadequadas, isso é fundamental para que a voz saia com naturalidade, sem esforços ou tensões; evite posturas que gerem tensão na região dos ombros e pescoço...

• Evite dormir com tensões na região do pescoço, use um travesseiro não muito alto e nem muito baixo;

• Reserve alguns minutos do seu dia para fazer um relaxamento, assim terá uma maior regeneração muscular durante o descanso contribuindo para um sono mais eficaz, menor irritabilidade, insegurança, agressividade e consequentemente uma voz mais saudável;

• Mantenha sempre uma garrafa de água ao alcance de suas mãos, hidrate-se constantemente;

• A maçã pode ser uma importante aliada, ela auxilia na limpeza do trato vocal reduzindo as secreções;

• Cuidado com os pigarros pois ao invés de auxiliar na emissão este hábito pode lesar a prega vocal;

• Ao contrário do que muitas pessoas acreditam as pastilhas, sprays, gengibre e bebida alcoólica não melhoram o desempenho vocal, eles apenas anestesiam o trato vocal e mascaram a sensação de dor, irritabilidade, podendo levar a alterações por abuso vocal;

• Evite gritar e falar por tempo prolongado, principalmente se estiver em um ambiente ruidoso;

• Chocolate, leite e seus derivados aumentam a secreção no trato vocal prejudicando a clareza da voz; evite também alimentos muito condimentados (muito salgados, apimentados...) e frituras;

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Brincando com sons

As habilidades auditivas são extremamente importantes no desenvolvimento da fala e linguagem. Confira mais informações na matéria de hoje!


Traremos hoje uma dica de atividade para trabalhar as habilidades auditivas de detecção e atenção, além de auxiliar na noção de alternância de turnos (minha vez / sua vez ). 


É uma atividade simples, mas com ótimos resultados no trabalho com crianças que ainda não falam e apresentam um tempo de atenção conjunta restrito. 


Basicamente a atividade consiste em realizar uma ação sempre que ouvir um estímulo auditivo. 


Como a maioria dos meus pacientes são meninos costumo usar muito os carrinhos nessa atividade, mas pode ser realizado com outros itens como bolas, balão, jogos de encaixe, boliche, ou o que a sua criatividade permitir! 


Como estímulo auditivo costumo usar muito apitos e flauta, as crianças adoram! 



A brincadeira se desenvolve assim: 

Quando a criança apita eu jogo o carrinho pra ela, quando eu apito ela joga o carrinho pra mim. Para deixar a brincadeira mais divertida, sempre crio um contexto para a brincadeira, como apostar uma corrida, passar por baixo de um túnel feito de lego ou blocos de madeira (como o da foto), etc... 


Quando a criança ainda não tem bem estabelecido a noção de alternância de turnos (minha vez / sua vez) eu costumo "tomar" o apito de sua mão quando é  a minha vez de apitar e devolvo quando é a sua vez. 


Apesar de ser uma brincadeira simples, no início algumas crianças podem ter dificuldade de entender o que deve fazer ( a "regra" do jogo ), mas com paciência e persistência logo aprendem e se divertem. É importante que toda a brincadeira seja prazerosa e respeite o tempo da criança, por isso, sempre deixo que explorem os objetos primeiro, o carrinho, a bola, brinquem um pouco com o apito (brinco junto) até porque algumas crianças podem ter dificuldade de soprar,  e então vou inserindo esse novo jeito de brincar. 

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Fonte: Fonoaudiologia em Foco

Dicas para favorecer a aquisição da Linguagem pelas crianças com Autismo/TEA

Resultado de imagem para aquisição da LinguagemUma das grandes dificuldades das crianças com autismo é o desenvolvimento da linguagem. Estas dificuldades podem variar de uma criança para outra, mas sempre estão presentes.


Entre as alterações de linguagem destas crianças as mais significativas dizem respeito às funções comunicativas. Por isso é necessário ajuda-las a perceber essa função e para isso muitas vezes é preciso organizar situações planejadas, que busquem ampliar os meios de comunicação, os recursos utilizados para se comunicar e a aquisição de novas funções comunicativas.


A partir do momento que a criança entende que a sua fala/vocalização produz um efeito no outro e que esta é uma forma eficaz de alcançar seus objetivos, como pedir um objeto, uma ação ou protestar ela começa a utilizar intencionalmente a linguagem oral.


O fato de a criança autista apresentar um número menor de comportamentos comunicativos, muitas vezes leva o adulto a tomar mais iniciativas de comunicação como forma de estimulação da linguagem. Entretanto é necessário deixar um espaço para que a criança possa também se comunicar. 


Ao mesmo tempo é preciso estar atento às iniciativas e esforços comunicativos da criança, pois a ausência de respostas gera uma quebra na comunicação, comprometendo a interação.


É extremamente importante aproveitar as situações de comunicação espontâneas, buscando dar significado verbal às vocalizações da criança a partir do contexto, permitindo que a partir de então ela possa utiliza-las de forma intencional.


Sempre que seu filho fizer alguma vocalização procure entender o que ele deseja e dê significado verbal. Por exemplo, se ele quer algo que está fora de alcance diga a ele “ah, você quer a bola? Vou pegar pra você” ou ainda, “Eu entendi que você quer a bola, mas agora precisamos terminar esta tarefa”. 


Se ele ainda não faz nenhum tipo de vocalização, ou vocaliza pouco, procure dar significado aos seus gestos, emoções e comportamentos.


Faça comentários sobre as suas ações, mas evite falar o tempo todo. Dê tempo para que ele também se comunique, seja através da fala, ou de vocalizações, gestos, olhares... Esteja atento a essas tentativas de comunicação!


Procure chamar a atenção do seu filho antes de falar com ele – chamando pelo nome, tocando em seu rosto ou seu braço antes de falar, e fale próximo a ele, de preferência na altura dos olhos, certificando-se de que ele está olhando para você enquanto fala;


Forneça pistas contextuais que facilitem a compreensão (gestos, imagens, objetos, etc...)


Ofereça um comando por vez, utilizando frases curtas (vem, levanta, pegue, coloque, etc...) e aguarde a resposta (ação desejada, olhar, vocalização...)


Lembre-se: Devido às grandes dificuldades comunicativas das crianças com Autismo no desenvolvimento da linguagem, a intervenção fonoaudiológica é imprescindível para o tratamento precoce dessas crianças. 

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Fonte: Fonoaudiologia em Foco

Aplicativos para estimular a linguagem

Resultado de imagem para AplicativosMuito tem sido falado sobre o uso de aplicativos para favorecer o desenvolvimento de algumas habilidades em pacientes com autismo, deficiência intelectual, entre outras. Confiram algumas dicas!


Tais recursos podem e devem ser usados para que estas habilidades sejam desenvolvidas, mas é importante ter uma ideia clara de qual o objetivo de oferecê-los às crianças. 


Alguns destes aplicativos permitem trabalhar aspectos importantes ao desenvolvimento da linguagem (desde que direcionados pelo adulto) como:


Troca de turnos comunicativos: Minha vez, sua vez; 
Conceitos: grande/pequeno, encima/embaixo, etc...
Nomeação: Frutas, animais, objetos, cores, etc...
Letramento: Identificar nomes de animais e objetos; Escrever com letras móveis; 
Percepção auditiva: Som dos bichos, músicas, etc...
Percepção visual e espaço temporal: Quebra cabeça, mesmo objeto em diferentes tamanhos. 


Vale ressaltar que é na interação entre a criança e seus parceiros dialógicos que a linguagem se desenvolve, por isso, um dos objetivos principais dos jogos apresentados aqui é servir como estratégia para a interação com a criança. 


Pensando nisso selecionei alguns aplicativos que permitem a alternância de turnos comunicativos, nomeação, percepção visual e auditiva. 


Troca de Turnos: basta combinar com a criança que ela irá colocar uma peça e você a outra, ou executar uma ação e depois será a sua vez. 


Nomeação: Durante o jogo podemos vá nomeando as peças, partes do corpo, objetos ("Vou colocar a orelha.").


Percepção Auditiva: Chamar a atenção da criança para o som do animal e seu nome, emitidos pelo aplicativo ao final do jogo. 


Animals Puzzle For Kids



Aplicativo gratuito, disponível em: 
https://play.google.com/store/apps/details?id=com.iabuzz.puzzle4kidsAnimals


Plush Hospital - Pet Doctor



Aplicativo gratuito, disponível em: 
https://play.google.com/store/apps/details?id=br.com.tapps.plushhospital


Monte o Bicho



Aplicativo gratuito, disponível em: 
https://play.google.com/store/apps/details?id=com.cuca.studio.monteobicho

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Fonte: Fonoaudiologia em Foco